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Classificados como casos sem precedentes pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, pacientes transplantados, após receberem órgãos infectados, testam positivo para o vírus HIV

 

 

Seis pessoas transplantadas foram infectadas com HIV após receberem órgãos contaminados com o vírus no Rio de Janeiro. A situação é inédita no país e tratada pelo governo carioca como “sem precedentes”. O caso está sob acompanhamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde. 

 

 

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, os exames para verificar a infecção nos órgãos foram feitos por um laboratório particular, contratado pela Fundação Saúde, órgão vinculado ao governo carioca. “O laboratório privado teve o serviço suspenso logo após a ciência do caso e foi interditado cautelarmente. Com isso, os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio”, disse a pasta em nota, disponível na íntegra ao final do texto.  

 

A secretária de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, Cáudia Mello, afirmou que os exames realizados pelo laboratório contratado apresentaram resultado falso negativo. 

 

Ainda segundo a secretária, a situação foi descoberta em 10 de setembro, quando um paciente transplantado procurou um hospital e, após passar por exames, testou positivo para o HIV. Conforme a BandNews, após o caso foram feitas novas análises nas amostras dos órgãos doados e confirmados mais dois casos. 

 

No dia 2 de outubro, outro caso foi identificado, após a pasta ser notificada. "É um caso sem precedentes", disse a secretária em entrevista à BandNews. À reportagem, a pasta informou que uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados. Conforme a SES, foram tomadas medidas para garantir a segurança dos transplantados. 

 

"A Secretaria está realizando um rastreio com a reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a partir de dezembro de 2023, data da contratação do laboratório", diz a pasta. 

 

Procurada, a Anvisa informou que apura informações e se manifestará em breve. Questionado, o Ministério da Saúde ainda não se pronunciou. 

 

Nota da SES-RJ 


"A Secretaria de Estado de Saúde (SES) considera o caso inadmissível. Uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados e, imediatamente, foram tomadas medidas para garantir a segurança dos transplantados.

 

O laboratório privado, contratado por licitação pela Fundação Saúde para atender o programa de transplantes, teve o serviço suspenso logo após a ciência do caso e foi interditado cautelarmente. Com isso, os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio


A Secretaria está realizando um rastreio com a reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a partir de dezembro de 2023, data da contratação do laboratório.

 

Uma sindicância foi instaurada para identificar e punir os responsáveis.  Por necessidade de preservação das identidades dos doadores e transplantados, bem como do encaminhamento da sindicância, não serão divulgados detalhes das circunstâncias.

 

Esta é uma situação sem precedentes. O serviço de transplantes no estado do Rio de Janeiro sempre realizou um trabalho de excelência e, desde 2006, salvou as vidas de mais de 16 mil pessoas."

 

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