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Com itens básicos inflacionados e tendo que promover uma taxação desenfreada em diversos setores, e cortes em programas sociais, Haddad diz que vê com preocupação o aumento do conservadorismo no Brasil

 

 

Sem reconhecer a sua má gestão e na correria desenfreada para taxar "seja a quem for" e custe o que custar para recuperar a econômia  do Brasil, na lona e com um rombo acima dos R$ dos 66 bilhões, Fernando Haddad, disse que vê com preocupação o resultado das eleições municipais, em que o centro e a direita conquistaram mais espaço no Brasil. Em evento promovido pelo Itaú nesta segunda-feira, 14 de outubro, Haddad afirmou ainda que o conservadorismo tem “ganhado força” em todo mundo.

 

 

“O mundo está muito mais conservador e muito mais distópico do que a gente imagina. Hoje, tem espaço para todo tipo de retórica. Aquilo que parecia improvável 10, 20 anos atrás, improvável do ponto de vista retórico, hoje existe lugar de fala para qualquer narrativa”, disse Haddad.

 

O ministro da Fazenda afirmou ter imaginado que o conservadorismo ficaria para trás. Mas disse que os discursos anticientíficos, antidemocráticos e intolerantes não perderam espaço no Brasil como ele esperava. “Você vê que mesmo gente que come com garfo e faca fala contra a vacina, fala contra mudança climática. Isso não vai nos levar para um bom lugar”, opinou. “Esse discurso está ganhando força, ele não está perdendo. Nós imaginávamos que ele fosse ficar para trás, e eu acredito que ele não tenha ficado para trás.”

 

Haddad disse que o fenômeno começou há 10 anos com a Primavera Árabe – protestos que ocorreram entre 2010 e 2013 contra ditaduras de países árabes. O ministro afirmou ainda que o Brasil deve estar cada vez mais apoiado na ciência, na liberdade e no respeito e que, para a economia funcionar, deve estar cercada de instituições que também funcionem.
 

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